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Os novos paradigmas da engenharia brasileira


A partir da esquerda, Juarez Lopes, Pedro Lopes, e Ary Romcy, . Créditos: Arquivo CREA-RS

O assessor parlamentar do Confea, Pedro Lopes de Queirós, o conselheiro federal Luiz Ary Romcy e o representante das coordenadorias de câmaras especializadas e conselheiro do CREA-RS, Eng. Agr. Juarez Lopes, representaram o Confea durante o seminário “Os novos paradigmas da engenharia brasileira”, realizado pelo Jornal Valor Econômico, no Hotel Golden Tulip, em Brasília, nesta terça-feira (10). Na programação do evento, dois paineis: “Engenharia, inovação e sustentabilidade” e “Como compatibilizar as novas tecnologias, custos e preços”.
Quem fez a abertura do seminário foi a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, ocasião em que destacou o lançamento do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec, que prevê 8 milhões de vagas até 2014 para ensino técnico e qualificação profissional. “O país precisa muito disso. Esse é um fator essencial para nossa competitividade”, afirmou.
Um dos palestrantes do primeiro painel, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, afirmou que a deficiência em infraestrutura no Brasil influi em muitas outras áreas. “Por exemplo, se o acesso ao saneamento fosse universal, seriam reduzidos muitos gastos da saúde”, relacionou. Para Safady, a cooperação entre os setores público, produtivo e a Academia resultaria em novas tecnologias.
Também participante do primeiro painel, o presidente do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco) de São Paulo, José Roberto Bernasconi, ressaltou a importância do Confea na discussão sobre o RDC – Regime Diferenciado de Contratações Públicas – para obras de Engenharia. “O que o Estado quer? Melhor preço, qualidade ou rapidez?”, questionou.
O conselheiro federal Ary Romcy também é a favor de o Sistema Confea/Crea discutir o tema. “É a mesma coisa com o pregão para serviços de Engenharia. Não pode, pois contrata-se um serviço ou compra-se um produto ruim, sem qualidade. Ou então, para vencer o pregão, a empresa sugere um valor que depois não sustenta a obra e faz termo aditivo. O projeto tem que ter qualidade preventiva, e não corretiva. Se não é o Confea quem dissemina essa discussão, quem vai fazer isso?”
Já para o presidente do Crea-DF, Flavio Correia, que também participou do evento, o mais importante é que o Sistema Confea/Crea exija que os projetos de obras públicas saiam já com ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). “Isso vai dar maior responsabilidade ao engenheiro, vai fazer com que ele realmente faça um projeto a contento. Nossa Lei nº 5.194/66 é clara, mas os órgãos públicos não a levam muito a sério”. Para ele, os Creas e o Confea, por meio da Soea (Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia), devem promover uma conscientização dos profissionais a respeito.
Amarras burocráticas
O presidente da CBIC, Paulo Safady, criticou os processos de obras públicas. “As amarras burocráticas impedem empresas de inovarem, de buscarem novas tecnologicas e capacitação. Reduzem a criatividade. As pessoas deixam de fazer Engenharia para lidar com a burocracia”, opinou e complementou ao lembrar “dos tempos da Ponte Rio-Niterói”: “Nós, empresários da construção civil, queremos condições para fazer o que sempre pudemos fazer: Engenharia”.
A ministra Miriam Belchior também abordou o assunto. “Há muito tempo não se fazia investimento em infraestrutura no Brasil. Quando lançamos o PAC, começamos a enfrentar esses problemas. Brincamos que estamos na estrada e vamos trocando os pneus do carro no meio do caminho. Ao longo do processo, vamos tirando as amarras para garantir que o investimento possa ser realizado de maneira sustentável, mais célere”.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Confea

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