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Colégio de Instituições de Ensino do Crea-MG: uma experiência que deu certo


Créditos: Larry Silva

Nove campi com 15 mil alunos dos cursos da área tecnológica, no estado de Minas Gerais, passaram a valorizar mais o papel do Crea-MG, conhecer sua importância na defesa da sociedade e até apagar aquela imagem que docentes e alunos tinham de que o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia era um órgão puramente cartorial-punitivo-arrecadador.
 A mudança de comportamento ocorreu com a criação do Colégio de Instituições de Ensino (CIE), considerado a primeira experiência que está dando certo e tem causado muita aproximação das universidades, faculdades e Centros Federais de Educação Tecnológica com o Conselho Regional, promovendo alianças para priorizar e valorizar a formação dos futuros profissionais e minorar os conflitos que ainda existem no campo das atribuições profissionais.
Como o Colégio foi criado, os encaminhamentos, a metodologia e as dificuldades enfrentadas geraram um debate com a engenheira, professora e doutora Enid Drumond, expositora sobre a sinergia que hoje existe entre o Crea-MG e as instituições de ensino técnico, devido ao trabalho iniciado no primeiro semestre de 2012 nas 600 escolas (muitas delas não estavam representadas no Crea-MG).
BUSCA DA VALORIZAÇÃO - Segundo a professora, o CIE deu densidade e peso político ao Crea-MG, e essa nova força que foi criada para valorizar o professor – muitos deles não possuíam registro no Crea – desencadeou um processo de reconhecimento que auxilia na definição das atribuições profissionais para novos cursos que são aprovados pelo Ministério da Educação (MEC).
O grupo do CIE, um órgão consultivo aprovado no plenário do Crea-MG,  é formado de professores com um representante por escola. Tem ainda um coordenador estadual e um adjunto e 30 coordenadores regionais.  A missão deles é convidar as escolas para conhecer o Colégio e implementar propostas de interesses mútuos. O Colégio conta com a parceria do Crea Júnior para reforçar essa aproximação.
“A sinergia entre o Crea Júnior e o CIE foi de grande valia porque estreitou o relacionamento”, afirmou.  Segundo a professora, neste ano ocorreram encontros de coordenadores, seminários, feiras técnicas e outros eventos com o objetivo de proporcionar interação entre corpo docente, instituições e Crea-MG. “Foi um ganho positivo”, ressaltou.
Enid disse que o Colégio (CIE) faz um estudo do perfil pedagógico de cada curso que pode ter registro no Crea, mas não tem o poder de avaliar a grade curricular de cursos. O CIE propõe ao MEC uma avaliação mais criteriosa de qualquer curso novo que peça autorização para ser colocado no mercado. “É esse cuidado que pode elevar o nível da escola, numa política de valorização e qualificação continuada”, conclui. No decorrer dos debates, houve depoimentos de representantes do Crea Júnior, docentes e membros do colegiado sobre um relacionamento que está dando resultados.
 

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