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Howard Wingert aborda na Construsul a diversidade do pré-moldado


Wingert é presidente do comitê da ASTM C 27, que analisa as estruturas em concreto pré-moldado. Créditos: Arquivo CREA-RS

O norte-americano Howard Wingert, especialista em concreto pré-moldado, esteve no Brasil durante a 22ª Construsul para palestrar sobre os usos e as possibilidades do concreto pré-moldado na construção.

A sua participação na palestra “Saneamento para um melhor Meio Ambiente e juntas entre elementos Pré-moldados de Concreto nos EUA” ocorreu a convite da Torri Engenharia, parceira de Wingert. O material já é uma realidade nas construções dos Estados Unidos e, recentemente, começou a ser utilizado em maior escala no Brasil.

Além de presidir a Concrete Sealants, foi presidente, por mais de uma década, do comitê C27 da Associação Americana para Testes e Materiais (ASTM), que analisa estruturas em concreto pré-moldado. Ele recebeu, em 2018, o Prêmio Robert E. Yoakum Award, da indústria, entregue pela National Precast Concrete Association.

“Nos Estados Unidos, nós provavelmente fazemos mais coisas com concreto pré-moldado do que qualquer outro país”, conta Wingert. “Uma das coisas que eu faço ao viajar pelo mundo é educar as pessoas sobre os tipos de estruturas que fazemos nos Estados Unidos, que eu não vejo em mais nenhum lugar”, aponta.

Ele afirma que o Brasil está desenvolvendo a sua infraestrutura, e que o concreto pré-moldado seria um ótimo material para adotar em diversas áreas, porque acelera a construção. “Produtos pré-moldados que são projetados e manufaturados em uma fábrica são mais precisos do que produtos que são construídos no local. Assim, a qualidade é melhor, eles duram mais e podem suportar mais força. Para um país como o Brasil, o concreto pré-moldado seria um excelente material de construção para o futuro”, avalia.

O norte-americano esteve na Construsul a convite da Torri EngenhariaAlém disso, o empresário contou como funcionam as certificações norte-americanas na área da construção. A Administração Federal de Rodovias controla uma série de especificações, como construções subterrâneas.

De acordo com Wingert, essas especificações são conhecidas como Associação Americana de Rodovias do Estado e Funcionários de Transporte (AASHTO). No entanto, cada Estado e cada cidade segue regras que são geralmente estipuladas por cada um dos 50 Estados norte-americanos. Os padrões para esgoto doméstico, por exemplo, são determinados pelo Departamento de Saúde, enquanto os códigos de construção são estipulados localmente. “A ASTM determina os padrões que essas agências poderiam adotar, mas a verdadeira execução vem das agências”, define.

 

Diferenças entre os países
A principal diferença que o estadunidense percebeu entre as construções brasileiras e as norte-americanas foi em relação ao uso de selantes. Feitos principalmente de um produto chamado borracha butílica, os selantes substituem a argamassa, que se torna quebradiça com o tempo, ao passo que os selantes não deterioram.

“Nós fabricamos selantes que eu não vejo sendo usados aqui. No entanto, esta é a sexta vez que venho ao Brasil e tenho visto melhorias. As coisas têm sido adaptadas”, conta.

Outra diferença percebida por Wingert é em relação ao uso de concreto. Para ele, os norte-americanos não utilizam tanto concreto quanto os brasileiros, pois ainda possuem árvores em abundância. Assim, suas casas geralmente possuem estruturas de madeira. Agora, eles começam a utilizar o concreto pré-moldado em novas áreas, como na pavimentação de rodovias e na construção de casas. “Para mim, a única limitação em uma estrutura de pré-moldado é a imaginação de alguém para construí-la”, conclui.

 

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