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Representante do Confea destaca importância das Inspetorias no Sistema
Eng. Rossafa reforça a importância das Inspetorias para o Sistema. Créditos: CREA-RS
Participando do XXXIV Seminário das Inspetorias do CREA-RS, que ocorreu entre os dias 25 e 27, em Tramandaí, o chefe de Gabinete do Confea, Eng. Agrônomo Luiz Antônio Rossafa, ressaltou o papel das Inspetorias e dos inspetores para a “efetividade, eficácia e eficiência” da fiscalização. “O inspetor é o ponto crucial da eficácia da fiscalização. Está na Lei. As Câmaras Especializadas podem pouco nesse sentido. E nossa atividade fim, como Conselho de classe, é fiscalizar, é a proteção da sociedade. O resto é complementar”, destacou. Ressaltou, ainda, ser uma exigência das profissões da área tecnológica uma fiscalização forte. “Exercemos profissões que precisam da tutela legal, porque, se mal executadas, geram riscos às pessoas, ao ambiente. Não são atividades triviais. Somos artistas, manipulamos a natureza, damos razão social e econômica aos recursos naturais”.
Defendeu, também, uma maior cooperação dentro do Sistema Confea/Crea, entre as diferentes profissões que estão sob sua égide. “O mundo não foi feito pela competição, foi pela cooperação. Dentro dos Creas, nós não criamos Câmaras para defender modalidades, nós o fazemos é para defender a sociedade.” Também defendeu uma modernização dos Conselhos. “Sermos apenas esse cartório que somos já não adianta mais. Temos jovens se formando e eles não estão aqui. Nós temos a grande responsabilidade de fazer uma ponte para o futuro”, afirmou. Para ele, ainda, no contexto da fiscalização, os Creas devem ter maior unidade. “O CREA do Rio Grande do Sul deve ser igual ao CREA de Roraima.
Somos nós que criamos a rastreabilidade dos serviços e das obras de engenharia, e demais áreas. Parece pouco, mas é muito complexo. E ainda não temos unidade de ação, ainda está tudo por construir.”
Também fez um mea culpa no que se refere aos julgamentos dos profissionais acusados de acobertamento ou outras condutas que ferem o Código de Ética, usando como exemplo seus colegas da Engenharia Agronômica. “Quando criamos a Comissão que foi falar com Ministério da Agricultura e os bancos sobre o Crédito Rural,o que ouvimos que muitos Engenheiros Agrônomos não estavam fazendo uma assistência a contento, e, ao mesmo tempo, todas as denúncias que fizemos aos Creas, forma arquivadas e nenhum agrônomo foi julgado. Estamos exercendo uma profissão que tem risco e como tal temos que nos comportar.”
Ressaltou, ainda, a necessidade dos Creas e do Confea terem melhor governança. “Não temos indicadores, não temos metas e a sociedade está pedindo segurança e qualidade dos serviços profissionais. Temos que atuar com ações pedagógicas. Não para criarmos medo do Crea, mas para que se tenha respeito pelo Sistema”, afirmou.
E reiterou a importância dos inspetores, destacando serem “o cerne do Sistema por estarema “onde o exercício profissional” está acontecendo. “Você só caça um profissional por acobertamento, você só consegue fazer esse tipo de fiscalização com o papel do inspetor. Se deixar apenas o agente fiscal fica muito difícil, pois neste tipo de fiscalização existe muita pressão. Tem todo um desgaste nessa atuação, mas ela tem que ser feita, pois pegando o mal profissional, o bom se sente protegido e a gente faz nosso papel. Para ele, a fiscalização dos Creas é eficaz do ponto de vista territorial, mas ainda carente de planejamento. “Se nos colocarmos essa massa de inteligência que temos aqui nessa sala, hoje, em prol da fiscalização vamos nos encher de processo. Se apertarmos mais a fiscalização e terminarmos com a morosidade vamos cumprir com nossa missão.”
