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Debates sobre Regulamento do CDER-RS e Mostra Científica marcam XVIII EESEC


Alegre, na Fronteira Oeste, foi o palco do encontro deste ano . Créditos: Arquivo CREA-RS

Após três dias de debates e palestras técnicas, uma visita técnica à uma indústria de arroz, produto mais forte da Agricultura da região, encerrou na última sexta-feira, 28 de setembro, a décima oitava edição do Encontro Estadual das Entidades de Classe, que ocorreu em Alegrete, Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul.

Tiveram destaque na programação o espaço aberto para início dos debates para formulação de um novo regulamento para o Colégio de Entidades Regionais (CDER-RS), composto por representantes de todas as entidades com registro no CREA-RS, a primeira Mostra de Trabalhos Científicos, Protótipos e Maquetes, que reuniu 32 posters de alunos da área tecnológica dos campus de Alegrete da Unipampa e do Instituto Federal Farroupilha. 

A partir da esq: Andrea Brondoni, Eng. João Otávio Marques Neto, Eng Lulo Pires Correa, Eng. Luana Hohemberger e Eng. Leonardo Cera

No encerramento do encontro, após a escolha da próxima sede, tendo Santa Cruz como a eleita, foi entregue a premiação da Mostra, com dois trabalhos destacado, quando foi ressaltada a relevância da divulgação das pesquisas dos estudantes. O presidente da entidade anfitriã, Eng. Agr. Leonardo Cera, afirmou que a ação “deve ser perpetuada pois agrega conhecimento aos novos sócios e valoriza as pesquisas da região que recebe o EESEC”, e que o objetivo é sempre deixar um legado para a região. 

Eng. Agr. Andrea Brondani reiterou. “Vimos como foi intensa a interação e frequente a interação entre os jovens estudantes e os profissionais mais experientes. Isso só nos enriquece.” Falou, ainda, sobre os dias de evento. “Tenho certeza que tudo que vimos e ouvimos nos criou uma serie de ideias e expectativas e que sairemos daqui repensando o nosso fazer como representantes e presidentes das nossas entidades, tarefa que assumimos sabendo não ser uma missão fácil”. 

Debates 

Eng. Agr. Andrea Brondani (CDER-RS), Eng. Agr. Lulo Pires Corrêa (CDER-RS) e Eng. Agr. Kátia Anacleto conduziram o debate

“A carta dos nossos eventos pode ser entendida como uma ata onde assumimos compromissos com ações e demandas”, com esta abordagem a coordenadora do CDER-RS, Eng. Agr. Andrea Brondani, leu os itens da Carta aprovada no último encontro de entidades, em 2017, em Torres, a destacou as atitudes tomadas pelo Colégio para dar andamento às solicitações, entre elas o envolvimento com as faculdades e universidades e a participação na comissão formada para avaliar as questões orçamentários do CREA-RS, impactada com a saída dos Técnicos. “O CDER-RS é pelas entidades de classe, e por isso lutamos para aprovação orçamentaria de um percentual de orçamento para as entidades, mas concordamos que para isso o Conselho tem que estar superavitário, pois atuamos na comissão para pleitear sabendo da realidade do CREA-RS”, afirmou.  

Votação de nova redação para Regulamento do CDER-RS foi iniciado no evento e deve ser concluída ainda nos próximos meses

Citou o novo regulamento que deve ser votado, destacando ser baseado em um processo amplamente democrático, para que “com isso avancemos, como Colégio, no ano de 2019 com maior abrangência e um maior contato direto com as entidades propriamente ditas, com os nossos coordenadores regionais. Assim vamos conseguir ampliar os atendimentos a recursos financeiros e criar maiores oportunidades para todas as entidades de classe.” Citou, ainda, os recursos oferecidos pelo Confea, como uma “feira de oportunidades”.  “Sou otimista e acho que vamos evoluir ao momento que os presidentes das ECs vão escolher onde buscar recursos, mas isso exige planejamento e que façamos nosso descer de casa. O CDER-RS vai dar apoio com apresentação de cases, relacionando documentos e com oportunização de palestras como as que aqui vimos”, afirmou.  

Alunos mostram potencial da Engenharia da Fronteira 

Interação entre alunos e representantes de Entidade foi grande

Pela primeira vez, o Encontro de Entidades reuniu estudantes para mostrarem seus trabalhos nas áreas profissionais de atuação do Sistema Confea/Crea. Com duas universidades federais oferecendo diversos cursos das Engenharias, os jovens do campus de Alegrete da Unipampa e da Instituto Federal Farroupilha apresentaram 32 posters com os principais trabalhos realizados na graduação e pós-graduação. “Esta exposição vem para mostrar todo o potencial da pesquisa que nós temos aqui na Fronteira Oeste, valorizando nossos alunos e professores”, destacou a professora Eng. Mecânica Hortência Noronha, vice coordenadora do Comitê Científico da Mostra. 

Mostra reuniu 32 trabalhos

Entre os trabalhos apresentados, dois foram escolhidos pelos participantes do XVII EESEC como destaques. Em primeiro lugar ficou o projeto "Desenvolvimento de Refratários Utilizando Cinza da Casca de Arroz: Uma alternativa eficiente e sustentável", dos alunos da Unipampa, André Melo Sfalcin, Debora Bretas, Ederli Marangon, Guilherme Silveira, Marco Tier e Renan Marchezan. A pesquisa busca, através da queima controlada da casca de arroz gerar eletricidade e obter cinza da cinza, majoritariamente composta por sílica. Conforme os pesquisadores “a intenção é agregar valor à cinza da casca de arroz, subproduto da indústria orizícola, e colaborar para um desenvolvimento sustentável do país, desenvolvendo materiais cerâmicos refratários com a substituição parcial da argila pela sílica de casca de arroz (SCA) produzida a partir da geração de energia elétrica.”

"Ciência e pesquisa são o futuro. Nós como estudantes de Engenharia e Engenheiros formados temos que ter essa consciência. Se não houver investimentos em educação não teremos Engenharia pioneira, teremos apenas cópias e, assim, não seremos uma nação desenvolvida e soberana. 
Desenvolver a consciência da importância da educação e da ciência é o que nos levará a nos desenvolvermos como nação." Com este potente depoimento, o aluno da Unipampa Alegrete André Melo Sfalcin agradeceu o prêmio recebido. 

O outro premiado é um projeto com destaque internacional, de alunos dos cursos de Engenharia Elétrica e Ciências da Computação, a pesquisa desenvolveu um protótipo de Uma luva capaz de captar o gestual de cada dedo e, com isso, reproduzir no computador o movimento perfeito da mão e traduzir a linguagem de Libras de forma rápida para quem não a conhece. Os alunos foram premiados no International Symposium on Circuits and Systems 2018 (Iscas), em Florença, na Itália, promovido pela Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), uma das principais organizações da área.

“Parabéns a eles, e a todos os demais alunos e alunas que participaram da Mostra apresentando o desenvolvimento de novas tecnologias em diversas áreas das Engenharias, Geologia e Geografia. Isso é um estímulo aos jovens”, destacou Eng. Brondoni, elogiando, ainda o corpo docente qualificado das universidades da região. “É uma atitude louvável professores estudarem fora e retornarem para lecionar em Alegrete.”

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