Notícia

Pelos trilhos da memória: I Fórum Sul-Brasileiro dos Institutos Históricos


Na história do Brasil, as ferrovias podem ser consideradas como um divisor para o estudo do desenvolvimento econômico da nação. Os trens alteraram a paisagem e o cotidiano de muitas cidades brasileiras. No Rio Grande do Sul e no sul do país, não foi diferente. A instalação gradativa da malha ferroviária, a partir da segunda metade do século XIX, conectou econômica e socialmente a Província ao restante do país. 

Assim sendo, o tema escolhido para o I Fórum Sul-brasileiro dos Institutos Históricos foi Ferrovias: território, sociedade e memória. O evento acontecerá em Passo Fundo/RS entre os dias 18 e 20 de maio de 2017, organizado pelo Instituto Histórico de Passo Fundo, com o apoio do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul e o Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas. O I Fórum é uma oportunidade de reunir entidades congêneres do sul do Brasil, a fim de estreitar os laços entre as instituições. 

As ferrovias no Rio Grande do Sul
As primeiras linhas de ferro planejadas dirigiam-se de Porto Alegre à região da fronteira sul. A partir da década de 1870, foram entregues os primeiros trechos: Porto Alegre - Novo Hamburgo (1876); Porto Alegre - Cachoeira do Sul (1883); Cachoeira do Sul - Santa Maria (1885); Santa Maria - Cacequi (1890). O trecho Santa Maria - Marcelino Ramos foi idealizado em 1889, fazendo parte da linha que ligaria Rio de Janeiro e São Paulo com o sul do País, o trecho Itararé/SP - Santa Maria/RS foi projetado pelo engenheiro Teixeira Soares.  

O trecho foi concluído em 1910, no mesmo ano em que foi finalizado o trecho Montenegro - Caxias do Sul, conectando, desta forma, um dos portos de escoamento de maior significado da produção das colônias italianas. O Rio Grande do Sul vencia as distâncias. 

As trocas econômicas, políticas e sociais acentuaram-se significativamente com a chegada do trem a diversas regiões, propiciando o desenvolvimento em todos os níveis. As barreiras estavam sendo rompidas. Entretanto, apesar da importância do tema, a historiografia não tem dado a devida importância para os debates sobre os impactos proporcionados pelo advento das ferrovias. 

O evento 
Durante os dias 18, 19 e 20 de maio de 2017, integrantes de Institutos Históricos; acadêmicos dos cursos de História, Geografia e Arquitetura interessados pela temática; e comunidade em geral acompanharão conferências, mesas redondas e debates acerca das ferrovias, atentando para as suas imbricações, impactos e efeitos no território e na sociedade. 

Nos trilhos deste encontro ímpar, que reúne os Institutos Históricos da região sul do Brasil, as comunicações versarão sobre a memória ferroviária, a arquitetura das estações, o trabalho, as sinergias econômicas, a estratégia política, o patrimônio, etc.  

As atividades acontecerão em três espaços culturais da cidade de Passo Fundo: no Instituto Histórico de Passo Fundo, na Academia Passo-Fundense de Letras e no Teatro Municipal Múcio de Castro, todos integrantes do Espaço Cultural Roseli Doleski Pretto, localizado no centro de Passo Fundo. 
Para além dos trilhos...

A proposta visa também o fortalecimento das relações entre os Institutos Históricos, sobretudo, no que diz respeito à produção de conhecimento. Ao longo do século XX, os Institutos Históricos foram centros de referência na geração do discurso histórico, cujo papel, com o passar do tempo, alterou-se. Atualmente, na constante reformulação de sua identidade perante uma “sociedade da informação”, os Institutos são os responsáveis pela custódia de importantes fontes de pesquisa e, por tal, também mediadores na elaboração do conhecimento.

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