Parte da delegação gaúcha. Créditos: Arquivo CREA-RS

sexta, 16 de setembro de 2016

Fórum organizado pelo Confea, apoiado pelos Creas e entidades nacionais, o Congresso Nacional de Profissionais reuniu, entre 1º e 3 de setembro, em Foz de Iguaçu, delegados de todas as regiões do Brasil com o objetivo de discutir e propor políticas, estratégias e programas de atuação, visando à participação dos profissionais das áreas abrangidas pelo Sistema Confea/Crea no desenvolvimento nacional. 
Divididos em oito grupos de trabalhos, os representantes oportunizaram discussão em cima de 83 propostas sistematizadas pela Comissão Organizadora Nacional das que vieram dos encontros estaduais. 
Do CREA-RS, 24 delegados (12 com mandato e 12 sem mandato) representaram o estado nesta etapa. Entre a fase de grupo e a plenária, que reuniu todos os delegados, foram aprovadas 54 propostas, que nos próximos meses serão submetidas a oitivas nos Creas. 
Também foram apresentadas 14 moções, sendo que 5 foram aprovadas pelo plenário: A defesa do pré-sal, das empresas de Engenharia e da construção de um projeto de nação para o Brasil, e a outra pela manifestação contrária à privatização da Petrobras. 

 

“O nosso sistema tem algumas complexidades e as mudanças necessárias dependem da alteração de Lei Federal 5.194, que é muito difícil de ser alterada neste atual momento político do País.  É preciso cautela para não corrermos o risco de perdermos alguns direitos que foram conquistados há 50 anos, como o piso do salário mínimo profissional. Vivemos uma situação complexa. De qualquer forma, o CNP debateu várias questões relacionadas à Engenharia, como um exame para cursos de EaD, semelhante ao que é feito pela Ordem dos Advogados. Não é possível esse processo de desqualificação da Engenharia brasileira, formando Engenheiros por correspondência. O sistema precisa enfrentar esta situação. Com a prova, não importará a maneira como o profissional se forma, mas se tem conhecimento técnico suficiente para exercer a profissão em benefício da sociedade brasileira”, Eng. Melvis Barrios Junior, presidente do CREA-RS

“O CNP é histórico e importante, porque trazemos todas as nossas demandas oriundas do Rio Grande do Sul, em relação ao anseio dos nossos profissionais. É a oportunidade para levar essas deliberações ao Confea. Sabemos que muitas propostas aprovadas em outros congressos ainda não foram implantadas, mas isso não invalida novas discussões neste 9º CNP. Temos que continuar tentando para melhorar o nosso Sistema. Os nossos delegados gaúchos estão aqui para promover esta discussão. Lamento que o sistema eletrônico de votação tenha tido problemas em alguns grupos, gerando desconfiança no sistema eletrônicos de votação, porque eu acredito na tecnologia. Eu sou da área elétrica, eu acredito na tecnologia, minha formação me permite ver futuro em tecnologia”, Engenheiro de Operação – Eletrônica Sérgio Boniatti, coordenador da Câmara de Engenharia Elétrica e do Congresso Estadual de Profissionais

 

 “Tiveram muitas propostas boas, outras que só complementaram, mas sempre com o objetivo de melhorar o Sistema. A minha preocupação é com relação aos encaminhamentos destas propostas. Acho que deveria ter sido estipulado um prazo para que as propostas aprovadas fossem implantadas. Eu até propus que fosse feita uma moção para todas as propostas encaminhadas, ou as deliberações, foram encaminhadas ao Confea fossem fiscalizadas pelas Câmaras. Existe reunião nacional de Câmaras Especializadas, que se reúnem pelo menos três vezes por ano. Dentro de suas pautas poderiam constar a discussão das propostas aprovadas nos congressos, acompanhar o encaminhamento destas proposições. Assim, os coordenadores poderiam dar maior retorno aos seus Creas e, consequentemente, às entidades. Há várias propostas que podem ser trabalhadas pelas entidades de classe, essa movimentação política, aproveitar uma alteração de lei. Os representantes das entidades podem pressionar um deputado, um senador. Não vai ser em Brasília, tem que ser em sua base eleitoral. E aí as entidades têm um papel fundamental nisso. Além disso, o próprio delegado aqui é um multiplicador das propostas aprovadas. Algumas deliberações podem ser implantadas pelos Creas”, Eng. Agrônomo Humberto Dauber, eleito primeiro secretário da mesa do CNP

 

 

“Nesta minha segunda participação em CNP, estou mais experiente e com mais conhecimento do sistema e das propostas. No entanto, o volume de propostas é muito grande e, para vencer todas as etapas, não há tempo para discutir todas as proposições. Por isso que eu sempre defendi, inclusive no Congresso Estadual, que tivéssemos poucas, mas propostas consistentes, viáveis juridicamente, para que pudesse se transformar em realidade futura para os profissionais que estão chegando”, Eng. Agrônomo Valmor Christmann, eleito secretário na mesa na fase de grupos 
 
“A parte da organização está excelente, principalmente com relação ao transporte. Com relação aos debates das propostas, depende muito de quem coordena. De qualquer forma, há uma troca de experiências muito grande e excelentes propostas para a melhoria do Sistema Confea/Crea e Mútua, mesmo com propostas que vieram ainda de outros congressos. É importante que as proposições aprovadas sejam implantadas”, Engenheiro Industrial Mecânico Ivo Germano Hoffmann, eleito delegado pela região de Porto Alegre

“É a minha primeira vez no CNP, gostei bastante da organização, embora o que eu tenha notado na organização das propostas é que quando há varias propostas de vários Creas, é juntado e foge ao que é proposto, você vai analisar e você vê que ela fugiu totalmente do propósito inicial, aí dificilmente você consegue aprovar ou negar uma proposta destas, na verdade ela vem torta. Então deveria ter, quando for feita essa sistematização nas oitivas que é feita agora né, ser melhor tratado os assuntos, com mais clareza, especificando realmente o que a proposta sugere”, Técnico em Eletrônica Waldelírio Delmar Petry, da Zonal Noroeste.