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Palestras abordam empreendedorismo e tecnologias no campo


Deliberações das cartas dos eventos de Passo Fundo e Bento Gonçalves, de 2014 e 2015, antecederam palestras . Créditos: Arquivo CREA-RS

Durantes os dois dias do XVI Encontro Estadual das Entidades de Classe (EESEC), palestras, debates e uma mesa de rodada de negócios estiveram dentro da programação apresentada aos 140 representantes das 70 entidades registradas no CREA-RS reunidos em Bagé, entre os dias 11 e 13 de setembro. As primeiras palestras do encontro, na tarde de quinta-feira (11), abordaram questões de motivação e empreendedorismo e a olivicultura na campanha gaúcha. 

Confira as fotos do evento. 

Empreendedorismo para EC 

Wilson Calé, diretor-presidente da Face a Face Treinamento Humano e presidente do Conselho da Sociedade Brasileira de Palestrantes, com sua apresentação “Empreendedorismo para as Entidades de Classe” buscou mostrar que as mudanças podem ser vistas como oportunidade de melhorias. “O momento atual é um grande desafio, para que as entidades continuem crescendo é necessária uma mudança de atitude”, iniciou o palestrante, para em seguida apresentar o que considera como os três pilares do empreendedorismo.

Para Calé, empresas e instituições devem buscar sempre três sentimentos dos seus associados/clientes: a admiração, o respeito e a confiança. “Essas são as bases do comprometimento, e comprometimento gera paixão, que cria engajamento. É preciso, então, buscar ações que contemplem esses critérios, para multiplicar o engajamento em nossas associações.” 

Calé enfocou, ainda, dois outros pontos: a resiliência, explicando ser uma expressão retirada da Física, que indica o quanto um corpo consegue resistir à pressão e voltar ao seu estado natural. “É a capacidade de lidar com as pressões do dia-a-dia, momento que exigem resiliência, principalmente de quem empreende”, destacou. E conduziu os presentes a refletir, com o questionamento: “O que parece ameaçador? Você tem sido resiliente?”.

Para ele, empreendedores são desafiados e sempre há um desencontro entre o que se precisa e o que se pode fazer. Destacou, ainda, ser necessário sair da zona de conforto e agir com comprometimento. “Precisamos ter uma eia na cabeça: o quanto é importante se comprometer de verdade. Todo o esforço dessa equipe reunida aqui hoje, deve ser colocada em prática através de ações. E as mudanças começam com ações individuais”

Olivicultura no Brasil

Um novo mercado para os profissionais da região da sul do Estado, a cultura de oliveiras foi o tema da palestra “Novas tecnologias no Campo”, ministrada pelo Eng. Agr. Emerson Menezes, que atua como instrutor para os novos produtores pelo projeto Olivais do Pampa – Brasil Próximo, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET) de Bagé. O projeto beneficia produtores de pequeno e médio porte, envolvendo cinco municípios, (Bagé, Candiota, Hulha Negra, Quaraí e Aceguá) com a pretensão de fomentar a olivicultura, trabalhando toda a cadeia produtiva, desde o plantio, produção e comercialização do “Azeite de oliva extra virgem do pampa”.

Confira a palestra. 

De acordo com ele, após uma avaliação técnica, foi constatada que em Bagé e região a melhor época de plantio de oliveiras é na primavera. Menezes ressalta que os últimos três anos foram de boas colheitas e boas safras. “O plantio das oliveiras na região, é uma cultura promissora. Estas plantas produzem o óleo de melhor qualidade e concretiza uma grande alternativa de renda para os pequenos produtores rurais”, explicou. 

Segundo o mapeamento das regiões de zoneamento mais adequado para cultivo da oliveira, no Estado são em torno de 2000 hectares com potencial para o plantio dessa cultura, tendo atualmente menos de 10% sendo cultivado, segundo o profissional. Em Bagé já são 100 hectares plantados. “As oliveiras são uma cultura que gera elevada renda a médio prazo, e que ocupa bastante mão de obra”, ressaltando que o plantio vem para trazer emprego e o aumento de oferta de trabalho aos produtores que ingressam no produção.

Entre os itens que influem num produto final de qualidade estão a escolha do melhor terreno, da melhor cultivar para a região, do sistema de irrigação e da tecnologia de extração utilizada. “Cada fator individualmente e no conjunto influenciam na qualidade do azeite.” O grau de maturação da fruta também é importante. “A colheita da fruta madura gera maior quantidade, mas não qualidade”, afirmou.

Entre os inimigos da qualidade do azeite estão a exposição à luz, que gera a foto-oxidação, além da exposição ao oxigênio e às variações de temperatura. Assim, a estocagem é peça chave. “A fruta deve ser trabalhada em até seis horas após a colheita e ser estocada em locais de temperatura máxima de 18 graus”, explicou. 

Ressaltou, ainda, o alto aproveitamento da produção. “Não se perde nada na olivicultura. A pasta úmida, que resulta da extração do azeite, pode ser utilizada como compostagem para adubo de produção orgânica, tendo esse seu principal uso”, destacou. Segundo ele, as folhas também são aproveitadas, vendidas para serem utilizadas como chá. Destacando o fato de que o consumo de azeite e azeitonas quase dobrou nos últimos anos no País, afirmou que “a única forma de entrar nesse mercado tão competitivo, é a produção de azeite de alta qualidade”. 

 

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