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Audiência Pública em São Leopoldo discute reservatório de água da chuva


Créditos: Arquivo CREA-RS

No dia 1º de junho ocorreu Audiência Pública na Câmara de Vereadores de São Leopoldo para discutir o projeto de autoria do Executivo que determina a adoção de reservatórios de água da chuva, visando o retardo do escoamento das águas pluviais para a rede de drenagem, e incentiva o aproveitamento da água da chuva para usos não potáveis. 

A audiência também contou com a participação do vereador Aurélio Schmidt, da secretária do Meio Ambiente e presidente do Comdema, Viviane Diogo, do diretor-executivo do Consórcio Pró-Sinos, Diego Corrêa Chaves, da representante da OAB, Raquel Von Hohendorff, do presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Sinos (AEA), Jorge Luiz Köche, e da supervisora do Departamento de Gestão Ambiental, Laís Fernandes de Moraes.

O diretor de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico da Sedetec, Jorge Kuhn Neto, explicou o projeto. que propõe a adoção obrigatória de práticas de reservação de água da chuva para fins não potáveis nas novas edificações com área impermeável superior a 300 m², a exemplo do que já ocorre no prédio do Centro Administrativo municipal. A proposta visa, além dos aspectos ambientais universalmente consagrados e da redução dos custos dos serviços públicos, três questões em especial: retardar o escoamento da água da chuva, reduzindo o pico de vazão e o risco de inundações; contribuir com o fornecimento de água para uso não-potável nos períodos de estiagem, e contribuir para a redução do uso de água potável para fins secundários (rega de jardins, lavagem de pisos e veículos etc).

Jorge Kuhn salienta que o crescimento das áreas habitadas e a simultânea densificação das cidades acelera a obsolescência da infraestrutura de drenagem urbana. Também disse que nos grandes centros urbanos, as fontes de armazenamento e captação de água dos mananciais encontram-se muito frágeis e próximas de seus limites de fornecimento. Em períodos contínuos de precipitação abaixo da média, o sistema de abastecimento encontra dificuldades - quando não impedimentos - para atender a contento a quantidade de água requerida pela população, além de se ver forçado a gastar significativamente mais para transformar o líquido captado nos mananciais em água potável.Já nos períodos de precipitação acima da média ocorre elevação acima dos níveis normais dos rios e represas, com consequente desperdício desta água que vaza, em última instância para o oceano, sem nenhum aproveitamento.

O presidente da AEA, Jorge Luiz Köche, destacou terem sido observados uma série de circunstâncias para a determinação final do cálculo que define o tamanho de cada reservatório, o que analisa ser coerente. “Ficamos preocupados apenas no quesito referente a ampliação de edificações já existentes, que impõe o mesmo cálculo de um projeto novo quando a área total ultrapassa os 300 m². Poderemos ter limitação de adequação ao novo sistema, inviabilizando determinadas ampliações. Um exercício interessante aos profissionais para adequar esses projetos. Sugiro a todos que tomem conhecimento do projeto, que terá 180 dias para entrar em vigor a partir da aprovação da Câmara.”

Com informações da Câmara de Vereadores de São Leopoldo 

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