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Recomendações do TCU vão ao encontro dos objetivos da CT Crédito Rural


Créditos: Arquivo Confea

A participação efetiva dos profissionais da modalidade Agronomia na assistência técnica aos projetos que envolvem créditos rurais pode estar mais próxima. Após uma auditoria, o Tribunal de Contas da União (TCU) publicou recomendações que apontam a necessidade dessa assistência profissional no Proagro, programa de seguro rural para prejuízos causados por pragas e fenômenos climáticos. Estima-se que atualmente apenas cerca de 20% dos 500 bilhões financiados têm a devida assistência técnica. A medida vai ao encontro dos objetivos da Comissão Temática de Assistência Técica e Crédito Rural (CTATCR), cuja última reunião do ano foi realizada nestas segunda e terça-feira (02 e 3/12), no Confea.

Nas recomendações do TCU consta a realização de Acordo de Cooperação Técnica com os bancos de fomento para troca de informações acerca de pessoas físicas e jurídicas legalmente habilitadas para a atuação em procedimentos para concessão de crédito rural, bem como para a elaboração de laudos em seguros rurais, além da troca de informações sobre a atuação profissional nos aspectos ético-disciplinares. “Isso vem ao encontro dos nossos pleitos. Trata-se de uma recomendação importante para o Banco do Brasil e o Ministério da Agricultura, na hora de fazer operações de crédito rural, e vamos dar continuidade a essas tratativas no próximo ano”, afirmou o conselheiro federal eng. agr. Álvaro Bridi.

O coordenador da comissão ressalta que a função social desta atividade se refere a “mitigar riscos de perdas para o produtor e para a sociedade, fornecendo alimentos seguros”. Com esse objetivo, o tema foi tratado com a Controladoria Geral da União – CGU em reunião realizada na terça feira, “no sentido de que as operações que envolvam o crédito rural em todo o país tenham o responsável técnico, evitando ainda eventuais burlas ao financiamento, por meio da fiscalização pelo Sistema. Para a CGU e também para o Tribunal de Contas da União (TCU) isso é importante, pois significa mais transparência”.

Reunião ratificou a colaboração entre o Confea e a CGU

Entre os membros da comissão temática, participaram da reunião com a CGU, além de Álvaro Bridi, o também conselheiro federal eng. agr. José Gomes Fragoso Neto (coordenador adjunto) e os especialistas engenheiros agrônomos José Renato Catarina, Maycon Macedo Braga, Clayton Almeida, Eduardo Mendes e Fábio Brancato. A assessora engenheira Ana Carolina Brito também acompanhou a reunião. Eles foram recebidos pelos representantes da CGU: Ronald da Silva Balbe (Secretário Federal de Controle Interno); Karen Cristina Cremer Francisco Sá Teles (diretora de Auditoria de Políticas Econômicas e de Desenvolvimento) e Bruno Martins da Silva (Coordenador-Geral de Auditoria das Áreas de Agricultura, Pecuária e Abastecimento). “Eles colocaram a CGU à disposição para avançarmos na discussão do fomento junto ao Banco Central, Banco do Brasil e outras instituições de fomento”.

Baixa efetividade
Em novembro, uma auditoria do TCU havia considerado a fragilidade dos programas de mitigação de riscos agropecuários, o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), administrado pelo Banco do Brasil, e o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), administrado pelo Ministério da Agricultura. Entre 2015 e 2022, o Proagro pagou R$ 23 bilhões em indenizações, sendo R$ 12 bilhões financiados com recursos públicos da União. Segundo o Tribunal, em relato do ministro Vital do Rêgo, o Proagro se mostrou “significativamente oneroso e de baixa efetividade”. Outro problema apontado é a distorção das funções do Tesouro Nacional e do Banco Central, que acabam atuando como fundo garantidor e seguradora, respectivamente.

Avanços da assistência técnica às atividades ligadas ao crédito rural
estão em foco entre as instituições

“É fundamental que avancemos para um sistema que, além de proteger os agricultores, incentive práticas mais modernas e sustentáveis, fortalecendo a governança pública e promovendo maior resistência no setor”, afirmou o ministro, considerando a necessidade de modificar o modelo atual. “Assim, o TCU determinou a regulamentação das responsabilidades como uma das medidas corretivas para redesenhar o Proagro”, considerou o coordenador da Comissão Temática, eng. agr. Álvaro Bridi. “Tais propostas intentam impulsionar a definição de responsabilidades dentro do programa, em especial quanto à fiscalização dos serviços de comprovação de perdas”, afirmou o ministro Vicente do Rêgo, em reportagem do TCU. 
 

Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea
Com informações do Portal do TCU

 

 

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