23º EESEC: Cooperativismo abriu o segundo dia de trabalhos
Créditos: Arquivo CREA-RS
O cooperativismo foi o tema que abriu a manhã do segundo dia do 23º Encontro de Entidades de Classe (EESEC), realizado em Santa Rosa. Quem trouxe a modalidade ao debate foi o diretor-presidente da Cooperativa Mista São Luiz Ltda (Coopermil), o Eng. Agr. Ernani Thober. A cooperativa, sediada em Santa Rosa, celebrará 70 anos de fundação no próximo ano e, atualmente, reúne mais de 5 mil associados atuantes em áreas como agronegócio, agropecuária, máquinas, sementes, postos de combustíveis e supermercados.
“Cooperativas são grandes geradoras de impostos nos municípios, e o impacto do cooperativismo na economia brasileira é imenso. Foi ele que ajudou a desenvolver o agro no Brasil, sendo hoje o segundo setor com mais associados, perdendo apenas para as cooperativas de crédito. No Rio Grande do Sul, são mais de 278 mil sócios distribuídos em 371 cooperativas”, destacou Thober, ao apresentar dados do setor no estado e no país.
Ele também ressaltou o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento das comunidades onde atuam. “Nas regiões em que há a presença de cooperativas no Rio Grande do Sul, o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é superior, assim como a renda média, que é favorecida pela distribuição das sobras dos lucros aos cooperados.”
Na Coopermil, o apoio aos associados abrange desde a industrialização até a logística e pesquisa. “Fazemos parte da Rede Técnica das Cooperativas, que conecta cooperativas agropecuárias e promove inovações tecnológicas para aumentar a produtividade no campo”, explicou.
Thober também falou sobre o Programa Produz Mais, que ajudou os cooperados a obterem resultados acima da média de outras lavouras. O programa conta com o suporte de mais de cem profissionais técnicos, incluindo veterinários, engenheiros agrônomos e agrícolas. “Desde a implantação desse sistema, nossos cooperados colheram, em média, 12 sacas a mais de soja, 11 sacas a mais de trigo e 33 de milho.”
Com esses avanços, a Coopermil deve alcançar, neste ano, um recorde histórico de faturamento, contribuindo para a geração de impostos nos 16 municípios onde está presente. “Meu desafio é manter a conexão com o associado e com seu negócio, promovendo o desenvolvimento das comunidades onde atuamos. Nossa gestão é horizontal, e nosso principal objetivo é manter a cooperativa no 'azul'. Temos a responsabilidade de beneficiar toda a comunidade, especialmente nossos cinco mil associados. O cooperativismo é um modelo econômico que impulsiona o desenvolvimento”, concluiu Thober.