Painel Gestão Estratégica em Eventos Climáticos Extremos abre o segundo dia do Seminário das Inspetorias
Créditos: Arquivo CREA-RS
O segundo painel do dia trouxe vários atores do Plano Rio Grande. Subsecretária de Projetos Estruturais da Secretaria da Reconstrução Gaúcha, a socióloga Daiane Boelhouwe Menezes apresentou os projetos de Reconstrução RS, tanto estruturantes, focando em pontos como resiliência, preparação e reconstrução. “Dentro de cada tópico, estão sendo desenvolvidos projetos, contratando profissionais de várias áreas para desenvolvê-los”, ressaltou.
Apresentou um panorama geral do chamamento, que terminou no dia 27 de setembro. “Foram enviadas 753 propostas, de 125 municípios diferentes, com o investimento de R$ 6,1 milhões”, detalhou. Falou sobre os critérios exigidos e as documentações apresentadas. “Separamos por temática. Tivemos muitos projetos por manutenção de bombas, drenagem, desassoreamento de rios, planos diretores. Os municípios mais atingidos foram considerados prioritários”, apontou.
O segundo palestrante, Eng. Civil Joel Goldenfum, secretário do Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, apresentou a estratégia Resiliência dos eventos extremos. “Temos que ter uma estratégia para construir um estado mais resiliente e preparado para lidar com as mudanças climáticas”, destacou.
Fez um comparativo sobre algumas cheias que aconteceram no Estado. Mas também citou o quanto o La Niña e La Niño influenciam o Rio Grande do Sul. A variabilidade climática afeta alterações importantes.
“Não só as enchentes, mas as estiagens são problemas impactantes dentro do Rio Grande do Sul”, lembrou.
Também se debruçou sobre a percepção de riscos, com atividades com moradores, apresentando uma nota do IPH, conjunto de ações propostas, estabelecendo ações urgentes e prioritárias. Segundo ele, temos que estar preparados, com recursos permanentes para garantir que o Estado esteja preparado, porque as mudanças climáticas estão aí.
O Arquiteto e urbanista Gustavo Batista Machado, da diretoria técnica da secretaria estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, em representação ao diretor de Energia, Eng. Mec. Rodrigo Huguenin, trouxe a atuação do departamento de Energia diante do evento de maio de 2024, na gestão da estrutura climática.
Segundo ele, o departamento foi criado em 2019. Desde então tem acompanhado as questões de alterações climáticas. “Em maio de 2024, com 34 litros, 14 conjuntos de transformadores da RB foram afetados e desligados preventivamente, principalmente na região da Grande Porto Alegre. Também houve o desligamento total da SE Nova Santa Rita, subestações atingidas diretamente por alamentos na RMPA. Os complexos hidrelétricos da Bacia do Guaíba foram diretamente afetados. Então, surgiu a necessidade de acionamento de térmicas, além da articulação com instituição do fornecimento de gás na UTE Sepe Tiaraju. Fizemos um acompanhamento direto junto às concessionárias e articulação para apoio a permissionários”, detalhou.
Por fim, enumerou algumas reflexões que ficam diante do fenômeno climático, como a necessidade de qualificação dos planos de contingência das distribuidoras de energia elétrica apontada desde os eventos de setembro de 2023 e janeiro de 2024.
Finalizando o painel, Alexandre Ness, Gerente Regional da Metade Sul do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), em representação ao diretor-presidente Ranolfo Vieira Junior, trouxe os programas do BRDE, como Stand Still e Renegociações, Linhas de Emergências Sul Resiliente e Em Frente RS.
“Desde 2015 começamos a prospectar recursos sobre eventos climáticos. Temos instalalação em 10 locais do estado, com 36,8 mil clientes ativos, com 5,8 bilhões contratados. Em 2023 os investimentos correspondiam a 96% dos municípios da Região Sul”, apontou.