Tokenização na engenharia, agronomia e geociências
Cássio Krupinsk apresentou panorama da tokenização no Brasil . Créditos: ArtFoto Produtora/Confea
O principal palco da 79º Soea recebeu, na manhã do último dia do evento (10), o diretor-executivo (CEO) da Blockbr, empresa de tokenização e ativos digitais, Cassio José Krupinsk. O especialista em mercado financeiro apresentou de que forma os tokens (representação eletrônica de um ativo real que vem ganhando espaço no sistema financeiro) podem ser utilizados no mercado das Engenharias, Agronomia e Geociências, contribuindo para a ampliação das possibilidades de trabalho para os profissionais das áreas.
No âmbito da engenharia civil, o palestrante citou como a tokenização contribui com os investimentos no setor imobiliário. "Se eu quero construir em um lote, não preciso adquirir este lote, posso dividi-lo em frações e tokenizá-las para que outras pessoas adquiram estas frações e eu posso usar meu capital para construir o imóvel desejado" exemplificou.
Se na construção existem muitas possibilidades para a tokenização, quando falamos sobre o agronegócio, as possibilidades vão além, uma vez que, além de safras, todos os produtos do agro podem ser convertidos em ativos digitais. “A Blokcbr já tokenizou o gado, que ia do frigorífico para o supermercado, e conseguimos antecipar todos os recebíveis. Considero que tivemos 100% de sucesso, com retorno para os investidores de 0,6% a mais que teriam no mercado financeiro tradicional”, narrou.
Em relação à sustentabilidade, Krupinski explicou que a Blockbr enxergou a dor do mercado e criou a Okcygenio, projeto que “tokeniza” créditos de carbono. "Estamos contratando engenheiros para que façam o projeto, tokenizanos o crédito de carbono e com essa tokenização a gente faz a venda antecipada dos créditos, para aqueles empresários que não podem esperar o prazo habitual", explicou. Cássio salientou a potencialidade do Brasil neste tema, uma vez que o instituto McKinsey divulgou que o Brasil pode liderar o mercado de carbono com US$ 50 bi até 2030.
Krupinsk finalizou a palestra convidando os profissionais participantes para colaborarem enviando projetos, por meio de um endereço eletrônico, que entendam que podem ser tokenizados, com a contrapartida da participação de 5% nos créditos de carbono gerados. “Precisamos do conhecimento técnico de vocês, para utilizarmos em uma relação em que todo mundo ganha. São vocês os geradores de oportunidades”, incentivou.
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Reportagem: Érica Reis Jeffery (Crea-ES)
Edição: Henrique Nunes (Confea)
Equipe de Comunicação da 79ª Soea
Fotos: ArtFoto Produtora/Confea