Implosão de antigos silos da CESA recebe fiscalização do CREA-RS
A operação tem como responsável técnico o Engenheiro de Minas Jorge Diniz Dias, o Manezinho da Implosão. Créditos: Arquivo CREA-RS
Um dos símbolos do desenvolvimento da agricultura na região norte do estado será implodido neste domingo (11). O silo da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), na avenida Brasil, bairro Petrópolis, em Passo Fundo, faz parte da área de 29.515 m² arrematada, pela Brair Empreendimentos Imobiliários, durante leilão realizado em outubro de 2021, pelo valor de R$ 23,3 milhões.
Após a verificação online das Anotações de Responsabilidade Técnica (ART) e dos registros das empresas e profissionais envolvidos no trabalho, o agente fiscal Luís Cesar Flores esteve na Cesa para solicitar as documentações faltantes.
Por meio de um Termo de Requisição de Documentos (TRDP), os responsáveis terão um prazo de dez dias para apresentar as ARTs dos seguintes serviços: plano de demolição; execução da demolição; controle de poluição ambiental; estudo de impacto de vizinhança (EIV); plano de fogo; plano de emergência; plano de gerenciamento de resíduos sólidos; rede de proteção e controle de vibração.
A operação tem como responsável técnico o Engenheiro de Minas Jorge Diniz Dias, conhecido nacionalmente por “Manezinho da Implosão”. Atuando desde 1982, ele comandou mais de 200 implosões pelo Brasil, entre elas, a Casa de Detenção Carandiru, em São Paulo, e o Edifício Palace II, no Rio de Janeiro.
Manezinho passou quatro dias em Passo Fundo realizando estudos do prédio. “Silo é a edificação mais difícil de implodir por conta do vínculo com as estruturas, são complexas, mas temos uma equipe de profissionais experientes para estas situações”, afirmou.
A CESA
A Cesa foi uma empresa governamental responsável pela armazenagem de safras no Rio Grande do Sul. Com 19 filiais ativas em vários municípios do Estado, foi uma empresa brasileira pioneira ao possuir uma rede integrada de silos e armazéns. Em 17 de abril de 2018, a Assembleia Legislativa aprovou a extinção da companhia, que teve todas as suas unidades desativadas em 2022.
Já o silo de Passo Fundo foi inaugurado em 1961, servindo de referência para toda a região, principalmente com o boom da soja a partir da década de 1970. A capacidade era de 10 mil toneladas de grãos, dividida em 32 células. Produtos como a soja, milho, trigo e cevada eram recebidos para limpeza, secagem e armazenados por tempo indeterminado.
Com informações do Grupo ON de Comunicação