Em um movimento significativo para aprimorar a colaboração entre conselhos profissionais, o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) intensificou seu relacionamento com o Conselho Federal de Química (CFQ). Uma delegação do Confea foi recebida na tarde desta quinta-feira (4/7), pelo presidente do Conselho Federal de Química, José de Ribamar Oliveira Filho. A iniciativa visa beneficiar a sociedade, reduzir a desinformação e resolver conflitos de entendimento sobre as áreas de atuação dos profissionais de engenharia química e química.
“Nós temos que nos integrar no nível federal. Nossos cenários precisam ser somados, precisamos unir forças pelos profissionais,” enfatizou José de Ribamar Oliveira Filho, presidente do CFQ.
Alzira Miranda, presidente do Crea-AM, reforçou a importância da transparência. “Precisamos tornar públicas nossas resoluções para que os profissionais se sintam seguros. Hoje, eles não sabem como se apoiar. É necessário deixar claro para a sociedade que ambos os conselhos são importantes.”
Álvaro Bridi, conselheiro federal, ressaltou a importância da colaboração. “O Confea trabalha com tecnologia e temos profissionais da área química dentro do sistema. Precisamos da abertura do CFQ neste sentido.”
A aproximação entre as duas instituições tem como objetivo principal avançar na definição das atribuições dos engenheiros químicos. Dada a diversidade dos currículos das instituições de ensino, é fundamental avaliar cada habilitação para determinar o local adequado de registro dos profissionais.
“É importante fortalecer os laços dos conselhos, especialmente em relação aos projetos de lei e reformulação de processos administrativos. Não precisamos agir de forma antagônica,” declarou Weverton Borges do Nascimento de Sousa, chefe de Gabinete do CFQ.
A proposta inclui o envio das atividades dos profissionais da química e um manual de fiscalização ao Confea. Isso permitirá discutir a indicação de registro dos engenheiros do sistema profissional com base na predominância da atividade exercida no campo de trabalho.
A convergência também busca esclarecer aos profissionais e às empresas sobre as atribuições dos engenheiros químicos que atuam em ambos os segmentos. Fábio Merlo, assessor da Comissão de Educação e Atribuição Profissional (Ceap), destacou a necessidade de entendimento claro. “Os profissionais precisam entender as funções de cada conselho. Onde eles irão se registrar? Precisamos dessa questão de entendimento aos profissionais do sistema.”
A iniciativa de estreitar as relações entre Confea e CFQ marca um passo significativo na busca por uma atuação mais coesa e colaborativa, beneficiando tanto os profissionais quanto a sociedade como um todo.
Participaram ainda o eng. eletric. Sérgio Cequinel e a eng. civ. Adriana Tonini, presidente da Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge).
Gabriela Arruda / Equipe de Comunicação do Confea