Engenheiros Voluntários elaboram laudos técnicos das escolas e UBS de Canoas
Foram elaborados 97 laudos. Créditos: Arquivo CREA-RS
Após dois dias de inspeção em 40 escolas e 11 Unidades Básicas de Saúde de um dos principais municípios afetados, 76 engenheiros voluntários estão reunidos, nesta quinta (04), na Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, para a elaboração dos laudos técnicos. De forma inédita, os 97 laudos estão sendo feitos com a ART Humanitária.
Na parte da manhã, a presidente do CREA-RS, Eng. Amb. Nanci Walter, acompanhada dos representantes da Famurs, parceiro nestas ações, agradeceu o trabalho dos voluntários.
“Não me canso de escrever nos grupos do quanto sou extremamente grata a todos e a todas que vieram do Paraná e Santa Catarina e que se somaram a nós aqui do Rio Grande do Sul. Sem exceção, cada um contribuiu e colaborou. Por onde a gente se encontrar, eu espero que isso fique uma lembrança sempre boa, como ficou no meu coração. De vocês terem vindo para cá com essa generosidade que vai ficar marcada na história dos 90 anos do CREA-RS esta experiência de solidariedade técnica”, destacou.
Ressaltou ainda a importância da assinatura do Termo de Cooperação Técnica assinado com a Famurs, uma parceria importante principalmente nesta ação de Reconstruir-RS. Citou ainda a Engenheira Civil Jeniffer Melo, que trabalha na Famurs e que a convidou para participar da ação.
O superintendente administrativo e financeiro da Famurs, Rogerio Cavalar Filho, esclareceu que o presidente da entidade, Marcelo Arruda, está em Brasília para discutir a recomposição das perdas do Rio Grande do Sul. “E vocês são testemunhas da tragédia que aconteceu ao percorrer os bairros de Canoas. O CREA-RS proporcionou esse projeto, com a parceria da Famurs, na qual a Jeniffer, por ser engenheira, nos ajudou a entender melhor os laudos técnicos. Eu acho que, para a reconstrução do Estado, vocês estão de parabéns. Obrigada por ter levado o tema da bandeira do Rio Grande do Sul, fraternidade, vocês estão sendo fraternos, igualdade. É muito importante esse laudo humanitário”, afirmou.
Seria impossível essa reconstrução. Vocês estão de parabéns, é uma atitude nobre, e só a gente como voluntário em várias atividades, só quem é voluntário sabe da importância do voluntariado. Que o Estado infelizmente não tem condições. O trabalho de vocês é primordial, e agora vamos estreitar ainda mais os laços de convivência.
Parabenizou a todos. “É uma atitude nobre. Só quem é voluntário sabe da importância do voluntariado. O trabalho de vocês é primordial, e agora vamos estreitar ainda mais os laços de convivência”, finalizou.
Também estão presentes David Sabino, superintendente de relações municipais, e Claudio Paranhos, superintendente institucional.
Missão cumprida
Apesar do cansaço de uma semana de ação e da exigência de detalhes na elaboração dos laudos, o sentimento de todos os voluntários era do orgulho de fazer parte de um movimento de solidariedade e colocar o conhecimento técnico a serviço de uma ação nobre: escolas e UBS.
Alguns voluntários que residem em Santa Catarina são gaúchos e se voluntariaram para ajudar seu estado, como foi o caso da Eng. Civ. Andreia Rosa da Rosa, que morou em Canoas. "Eu fiquei sensibilizada para ser voluntária, pois sou daqui e tenho uma história aqui. Quando fui convidada peloa Ibape-SC para vir para cá, imediantamente aceitei para utilizar o que eu aprendi na minha graduação e pós retribuindo ao meu estado. É um orgulho não só profissinal, mas pessoalmente também", ressaltou.
Os laudos são importantes para que as escolas e UBS possam receber verba dos governos estaduais e federais para sua reconstrução. Durante a ação, os voluntários puderam emitir as chamadas ARTs humanitárias. Essas ARTs não são pagas e devem ser emitidas apenas para os laudos realizados durante o trabalho voluntário.
As informações coletadas e os laudos emitidos agora serão direcionados para os órgãos competentes para que a população possa, o quanto antes, retornar às suas vidas normais.