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Retorno da população para casas no RS é preocupação para a engenharia


Presidente do Confea Vinicius Marchese, em entrevista para o canal Record News . Créditos: Arquivo Confea

O retorno das pessoas de forma segura para casa em cidades afetadas pela calamidade climática no Rio Grande do Sul é uma preocupação, tanto das autoridades, quanto da própria população. Neste momento, o papel de profissionais da engenharia é fundamental para determinar se uma estrutura que foi alagada pode ser reaproveitada. Em entrevista a Record News, o presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, Vinicius Marchese, falou que será preciso diversas análises profissionais dos lugares afetados. “Uma das grandes preocupações neste momento é perceber e mitigar os riscos futuros para que isso não volte a acontecer. Entender e identificar essas áreas de risco e, mais uma vez, a gente precisa de profissionais com muita expertise nessas situações, em prevenção e mitigação de risco, e em parceria com a Defesa Civil investir em tecnologia, investir em pesquisa para que essas áreas que foram atingidas, a gente consiga identificar se elas são viáveis de uma reocupação ou não”.
A avaliação da real condição dessas estruturas necessita de um profissional que seja habilitado e que seja capaz de determinar qual a realidade da condição desses estabelecimentos, segundo o presidente do Confea. Vinicius Marchese ressalta o trabalho realizado na região pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia no estado (Crea-RS). “Esse esforço conjunto desses profissionais, muito importante frisar que o trabalho do Crea-RS para ajudar na coordenação deste trabalho. Nós aqui do Conselho Federal também acionamos profissionais do Brasil inteiro para que realmente essas pessoas elas possam retornar com segurança para suas residências”.  

Vinicius Marchese falou durante a entrevista que é possível identificar sinais de que uma estrutura foi danificada pela água. Porém, o presidente do Confea destacou a importância de uma avaliação profissional aprofundada para poder liberar o imóvel. “Visualmente, você vê marcas e vê ali situações que podem chamar atenção e que você consiga identificar sinais daquela estrutura comprometida ou não. Mas é necessária uma avaliação técnica com um profissional para que realmente se possa, de maneira assertiva, saber qual o tipo de situação que se encontra o imóvel”, disse Marchese. “Fazendo uma analogia, as construções e edifícios eles apresentam sinais assim como o corpo humano apresenta sinais de que há alguma coisa errada. Mas somente um profissional, no caso de nós seres humanos, um médico, pode determinar os exames que apontam o que você realmente tem. No caso das construções, é a mesma coisa. Precisa de um profissional que faça uma avaliação técnica mais aprofundada que pode dar um relatório conclusivo”.

Infraestrutura
A preocupação com a infraestrutura das cidades atingidas pelo desastre também foi alvo de comentário do presidente do Confea. Para Marchese, a destruição dessas estruturas pode se refletir em outros setores, com o abastecimento de água das cidades. “Como a infraestrutura foi avariada, tem uma preocupação muito grande, pois demanda muito mais investimento e muito mais tempo para você recuperar a infraestrutura, muito mais que as residências. O saneamento básico está contido nessa infraestrutura e aí a gente realmente tem uma preocupação muito grande de: como vai ser, não só a análise da água, mas essa reconstrução.”
O presidente Vinicius Marchese destaca que o Confea já disponibilizou auxílio especializado para o estado. “A ideia é colocar todo esse apoio técnico à disposição para que a gente consiga ter velocidade e assertividade neste processo de recuperação, inclusive em uma situação como essa relativa ao abastecimento de água”.  

Aeroporto
O aeroporto Salgado Filho, um dos principais do país, segue com boa parte na pista de pouso e dos terminais de passageiros alagada. Ainda não há prazo para o retorno das operações no local. Perguntado sobre como se dará a recuperação desta infraestrutura, Vinicius Marchese explicou: “é preciso primeiro uma análise técnica para primeiramente entender em que fase se encontra o aeroporto e os seus equipamentos. Lembrando que o aeroporto é um equipamento que está dentro de um contexto de infraestrutura que ele vai muito além da pista. Tem todo um aparato para garantir a segurança de todos que utilizam deste equipamento. Primeiro é uma análise técnica para saber como está e depois um projeto de reconstrução para reestabelecer as condições para que ele possa voltar a operar normalmente”.


Equipe de Comunicação do Confea

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