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Ações de prevenção e segurança contra incêdio são foco da Mercofire
Mercofire contou com palestras técnicas e debate sobre legislação. Créditos: Arquivo CREA-RS
Na manhã de quinta-feira (18), o vice-presidente do CREA-RS, Eng. Mec. e Seg. Trab. Paulo Deni Farias, representou o CREA-RS na abertura da Mercofire, seminário de prevenção de incêndio, que ocorre bi anualmente em Porto Alegre, na programação da Prevensul - Feira de Saúde, Segurança do Trabalho e Emergência, que está ocorrendo na Fiergs. Em sua fala lembrou o empenho do CREA-RS em formatar a legislação estadual. "Há anos trabalhamos neste debate, junto aos bombeiros e especialistas e hoje podemos dizer que estamos em outro patamar, evoluindo em uma legislação à altura das necessidades de segurança", destacou, citando ainda o debate que está ocorrendo em nível federal, também com a contribuição dos profissionais do Sistema Confea/Crea. "Como engenheiro de segurança e prevencionista me sinto extremamente feliz com essa grande plateia", afirmou colocando, ainda, o Conselho à disposição. Também presente à mesa de abertura, o Eng. Civil Melvis Barrios Junior, conselheiro federal pelo RS, também saudou as discussões que estão sendo realizadas no âmbito legislativa para atualizar e modernizar a legislação de combate e prevenção à incêndio, dizendo ser este um debate que ficou durante muitos anos represado. "A tragédia de Santa Maria mostrou uma série de equívocos e de divergências de responsabilizações dos entes públicos, precisamos de uma lei com aplicabilidade e que defina claramente os parâmetros de atuação. Hoje não temos divisões claras, há vários entes envolvidos e não se sabe as responsabilizações de cada", afirmou, destacando que a lei que está sendo gerada no Rio Grande do Sul, através da Comissão Especial da Assembleia Legislativa, será um padrão a vir a ser adotado como exemplo em outros estados. Vice-presidente da Ares e coordenador-adjunto da Câmara de Segurança do Trabalho, Eng. Nelson Agostinho Burille, também lembrou da tragédia de Santa Maria, como uma sucessão de "falhas e negligências imperdoáveis". Destacou, ainda, o papel dos profissionais. "Nós engenheiros temos que lutar precaução, com as técnicas da engenharia, para que isso não aconteça novamente. Além das leis, bastaria que houvesse consciência da população pelas medidas de segurança", falou, dando como exemplo a preocupação das pessoas com a segurança patrimonial, fazendo investimentos nessa área, mesmo sem legislação que a torne obrigatória, e que deveria ser a mesma em relação à segurança contra outros sinistros. "É também uma questão cultural", afirmou. Compuseram a mesa, ainda, o deputado Eng. Adão Villaverde, presidente da comissão Especial de Revisão e Atualização da Legislação de Segurança, Prevenção e Proteção Contra Incêndio no RS; Eng. Antonio Berto, diretor do CB-24 ABNT, o jornalista Alexandre Gusmão, Revista Emergência, Revista Proteção; e a Maria Mucillo, chefe do Serviço Técnico da Fundacentro.
