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Engenheiros Florestais realizam visita técnica ao Jardim Botânico da Capital


Coordenadores das Câmaras de Eng. Florestal de todo o País estão reunidos em Porto Alegre . Créditos: Arquivo CREA-RS

Dentro da programação da 2ª Reunião Ordinária da Coordenadoria de Câmaras Especializadas de Engenharia Florestal (CCEEF), que ocorre em Porto Alegre, na tarde desta quinta-feira (28), os coordenadores das Câmaras da modalidade dos Creas de todo o País estiveram em visita técnica no Jardim Botânico de Porto Alegre. No local foram recebidos pelos Engenheiros Florestais Luiz Carlos da Silva, Clarisse Glufke e Leandro Dal Ri, que apresentaram as principais pesquisas, ações de conservação e educação ambiental que são realizadas pela equipe de profissionais, formada também por Engenheiros Agrônomos e Biólogos.  

Antes de visitar as instalações, os profissionais assistiram a uma palestra onde puderam conhecer um pouco melhor também a trajetória de criação e consolidação do Jardim Botânico de Porto Alegre, que hoje é um dos quatro do País com o enquadramento na Categoria A pelo Conama, que em sua Resolução 266 normatiza o funcionamento e os objetivos destes estabelecimentos. Além de Porto Alegre, apenas dos jardins botânicos do Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo estão nesta categoria. 

Em palestra profissionais conheceram trabalho dos Engenheiros Florestais do Jardim Botânico

Conforme explicaram os Engenheiros, umadas caracteristicas de um jardim botânico são suas coleções de plantas, que no de Porto Alegre buscam reproduzir os diferentes biomas do RS. Assim, cada exemplar é identificado, catalogado e acompanhado durante seu crescimento e estabelecimento no parque. “Por trás de cada exemplar, que são identificados com pequenas placas, há uma série de informações que permite manter populações de plantas protegidas”, explica Clarisse Glufke. Ela destaca também as oficinas que são feitas para a população e para as escolas do RS. “Estas são formas de aproximar o público leigo do nosso trabalho.” Outro destaque feito pela pesquisadora foi o fato de o Jardim Botânico de Porto Alegre ter sido o primeiro do Brasil a formular um Plano Diretor. “É um instrumento de planejamento da área e orientação das ações”, explica. 

Cada exemplar é identificado, catalogado e acompanhado durante seu crescimento e estabelecimento no parque
 

Trabalho técnico 
Entre as atividades dos Engenheiros Florestais da Fundação Zoobotânica (FZB) que administram o local, estão o planejamento e a execução de exploração botânica, com coleta de material em todo o Estado; projetos de recuperação de áreas degradas, primando pela conservação da biodiversidade e pela geração de conhecimento da vegetação para subsídio de políticas públicas; planejamento de oficinas, cursos e exposições; coordenação de projetos institucionais; realização de perícias judiciais; atuação em licenciamentos em conjunto com a Sema e a Fepam; elaboração e implantação de documentação normativa; projetos de pesquisas nas áreas de tecnologia de sementes, biotecnologia e manejo de vegetação; e elaboração de publicações técnicas. “No Jardim Botânico estamos baseados no tripé: produção científica, acesso à sociedade, e garantia de um espaço para lazer com segurança para a população”, resume Luiz Carlos da Silva.

Catalogação de sementes de árvores nativas do RS é um dos trabalhos técnicos produzidos no parque

Responsável pelo viveiro de mudas, que produz mudas de espécies recorrentes no RS com ênfase nas espécies ameaçadas, e também pelo banco de sementes o Eng. Leandro Dal Ri encerrou a apresentação. Explicou o trabalho de taxonomia e morfologia das sementes das espécies arbóreas e arbustivas ocorrentes no RS que é realizado no Jardim. De acordo com ele, as informações geradas irão ser publicadas em livro que deve ser lançado até o final do ano. Tendo atuado durante 10 anos no Parque Zoológico, também vinculado à FZB, Dal Ri falou sobre as dificuldades de manutenção da área de reserva florestal existente na área do Zoo. Em meio a uma região urbanizada, mantém-se uma floresta de eucalipto que conta com as primeiras espécies dessas árvores plantadas no Brasil. “Temos ali o eucalipto de maior diâmetro do País”, destacou. Alertou que a área está ameaçada de extinção, pois ainda não é caracterizada como Área de Preservação Ambiental. 

O coordenador da CCEEF, Eng. Florestal Glauber Pinheiro, do CREA-RJ, considerou a visita extremamente produtiva. “Gostei muito do trabalho que está sendo desenvolvido pelo pessoal no banco de sementes, trocamos muitas ideias. Além desse trabalho, também destaco toda a catalogação das espécies que está sendo feita, assim como Plano Diretor e o planejamento realizado pela equipe dos Engenheiros para que a unidade atinja níveis vez mais elevados na conceituação. Realmente um grande trabalho.” 

Com uma área de 39 hectares, os visitantes do Jardim Botânico de Porto Alegre podem percorrer as várias trilhas do arboreto (coleção de árvores), e espaços dedicados à representação da flora nativa de dos biomas do RS. No local também é possível participar de atividades educativas e adquirir mudas de árvores gaúchas no viveiro de vendas. São recebidas em torno de 80 mil pessoas por ano no local. 
Saiba mais em http://www.jb.fzb.rs.gov.br/ 

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