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Coordenação Nacional de Engenharia Florestal reunida em Porto Alegre esta semana


O presidente do CREA-RS, Eng. Melvis Barrios Jr., esteve na abertura do evento. Créditos: Arquivo CREA-RS

De 27 a 29 de abril, a capital gaúcha recebeu a 2ª Reunião Ordinária da Coordenadoria de Câmaras Especializadas de Engenharia Florestal (CCEEF).  O encontro, que tem como coordenador nacional o Eng. Fltal. Glauber Pinheiro e a Eng. Ftal. Ivone da Silva Rodrigues (CREA-RS), reúne os coordenadores das Câmaras de Engenharia Florestal de todos os Creas do país. Ao dar as boas-vindas, o Eng. Glauber destacou a importância destes encontros no sentido de debater rumos da Engenharia Florestal, trocar experiências e reunir demandas da realidade de cada região para levar ao conhecimento do plenário do Confea, em prol da profissão. “São 13.217 profissionais com registro no Sistema Confea/Crea que muitas vezes enfrentam em seu dia a dia problemas com sombreamento com outras profissões. E estes conflitos tendem a aumentar, levando em conta o surgimento das faculdades de Engenharia Florestal, que, em 10 anos, passou de 28 para 71 novos cursos, formando 2 mil profissionais por ano. O que demonstra cada vez mais a necessidade do apoio político do Sistema Confea/Crea em se debruçar sobre a modalidade, em prol da segurança da sociedade”, afirmou.

Confira as fotos da reunião. 

O coordenador nacional é o Eng. Fltal. Glauber Pinheiro e a Eng. Ftal. Ivone da Silva Rodrigues

 

A Eng. Ivone demonstrou a satisfação da Câmara de Engenharia Florestal do Rio Grande do Sul em sediar o encontro. “É um momento importante das nossas profissões e precisamos discutir nossas atribuições”, ressaltou. 

Em sua manifestação, o presidente do CREA-RS, Eng. Civil Melvis Barrios Junior, ressaltou a preocupação latente que o Sistema vive devido à grande fragmentação das Engenharias. “Essa problemática precisa ser repensada, pois limita muito as atribuições dos nossos profissionais. O Confea hoje não possui nenhum controle sobre os novos cursos que estão sendo criados pelo MEC e essa realidade precisa ser modificada e ter a devida atenção, para que possamos garantir as atribuições dos profissionais do Sistema Confea/Crea”, enfatizou.

Aos profissionais desta modalidade competem atividades relacionadas ao estudo e uso sustentável de recursos florestais, ao manejo e conservação do meio ambiente, inventário e manejo florestal, tecnologia de produtos florestais e produção florestal. 

Os principais campos de atuação, limitados ao nível de formação profissional, são os que constam no artigo 10 da Resolução nº 218/73 do Confea: engenharia rural, construções para fins florestais e suas instalações complementares, silvimetria e inventário florestal; melhoramento florestal; recursos naturais renováveis; ecologia, climatologia, defesa sanitária florestal; produtos florestais, sua tecnologia e industrialização; edafologia; processos de utilização de solo e de floresta; ordenamento e manejo florestal; mecanização na floresta; implementos florestais; economia e crédito rural para fins florestais; seus serviços afins e correlatos.

Também presente, o conselheiro federal Engenheiro Eletricista Carlos Batista das Neves se colocou à disposição dos representantes para levar as demandas da Especializada ao Plenário do Confea. 

Engenheiro Florestal Joel Mauro Magalhães, do CREA-RO

O Engenheiro Florestal Joel Mauro Magalhães, do CREA-RO, depois de apresentar uma nova resolução que foi aprovada em sua Regional sobre a concessão de atribuições para Inventário Florestal, destacou a importância da modalidade eleger representantes para o Congresso Nacional, para que a Engenharia Florestal esteja em pauta. 

Carlos Adolfo Bantel e o conselheiro federal Engenheiro Eletricista Carlos Batista das Neves

Segundo Engenheiro Florestal a se registrar no Sistema Confea/Crea no Brasil, o gaúcho Carlos Adolfo Bantel aproveitou a presença do conselheiro federal para fazer um pequeno histórico da Engenharia Florestal, que desde 1964 é o responsável pelo registro destes profissionais, “que são responsáveis pelo uso adequado da cobertura do solo”. 

Eng. Simone Coutinho Lacerda, do CREA-ES

A Eng. Simone Coutinho Lacerda, do CREA-ES, destacou o trabalho da Câmara de Engenharia Florestal do Rio Grande do Sul. “O trabalho de vocês é uma cartilha para nós de outros Creas. E este compartilhamento temos de celebrar. São conquistas importantes e que devem ser replicadas em outras regiões do Brasil, no sentido de solucionar muitos sombreamentos enfrentados pelos profissionais”, justificou.

Engenheira Florestal Izabel Cristina Ceron de Paula, do CREA-BA

A questão da atribuição com outros Conselhos foi a tônica da fala da Engenheira Florestal Izabel Cristina Ceron de Paula, do CREA-BA. “No momento, estou entrando com um mandado de segurança para poder exercer a minha profissão em uma das prefeituras da Bahia, mesmo que outros processos já tenham sido aprovados”, apontou, mostrando a importância da discussão do tema. 

Ainda segundo ela, os presidentes dos Creas também precisam ter a consciência de que eles representam todas as modalidades em sua gestão, defendendo-as em todas as suas instâncias.  

Também estava presente à reunião a Analista de Processos do CREA-RS, Eng. Ftal. Roberta Klafke.

 

Reunião encerra com cinco propostas aprovadas

Depois de três dias de debates, os coordenadores das Câmaras Especializadas de Engenharia Florestal do Creas de todo o país, reunidos em Porto Alegre na 2ª Reunião da Coordenadoria da modalidade, aprovaram cinco propostas que devem ser encaminhadas ao Confea e ao Congresso Nacional de Profissionais (CNP), que ocorre em setembro em Foz do Iguaçu. De acordo com o coordenador nacional do grupo, o Eng. Fltal. Glauber Pinheiro (CREA-RJ), e a coordenadora-adjunto, Eng. Ftal. Ivone da Silva Rodrigues (CREA-RS), o encontro foi muito produtivo.

Das propostas aprovadas, os coordenadores fazem destaque para duas delas. Ambas tratam do enquadramento da Engenharia Florestal na modalidade da Agronomia pelo Confea através da Resolução 473/2002. São elas o pedido de reconsideração de uma decisão da Comissão de Organização e Normas do Confea, que extinguiria as Câmaras de Engenharia Florestal a partir do ano que vem, e o pedido de uma revisão da tabela de títulos profissionais retirando a modalidade do grupo da Agronomia.

Os Engenheiros Florestais aproveitaram para conhecer a sede do CREA-RS

“Temos um grande problema da Engenharia Florestal estar enquadrada errada nesta tabela. Então fizemos um estudo do arcabouço legal, desde a lei que cria nossa profissão e a sequência dela, onde reforçamos esse entendimento, que não é de agora, de que a Engenharia Florestal é uma modalidade da Engenharia e por isso está localizada erroneamente no grupo Agronomia na tabela de títulos do Sistema Confea/Crea”, avalia Glauber.

De acordo com ele, o que os profissionais querem é resgatar o espirito da lei que criou a profissão que coloca a Engenharia Florestal como uma modalidade da Engenharia. “Não estar como uma modalidade traz várias problemas para nós, como a dificuldade de criação de Câmaras, então da representatividade nos Conselhos Regionais e principalmente no Federal, e isso vem prejudicando a Engenharia Florestal por mais de 50 anos”, relata o coordenador.

A segunda proposta destacada pede a reconsideração da decisão da Comissão de Organização e Normas do Confea, que para os profissionais é decorrente desse entendimento errado do enquadramento da modalidade, de que os conselheiros Engenheiros Florestais sejam integrados às Câmaras Especializadas de Agronomia nos Creas. “Nós temos demandas urgentes para tratar junto ao Confea, pois a Coordenadoria Nacional e as Câmaras Regionais correm esse sério risco de poder vir a fechar a partir de 2017, então isso fez com que essa reunião aqui em Porto Alegre se tornasse mais importante ainda, porque nós temos que nos relacionar com o Confea através de propostas, o que nos demandou bastante na compilação de legislações para embasar a proposta”, destacou a Eng. Ftal. Ivone da Silva Rodrigues, afirmando ser um retrocesso as Câmaras virem a fechar. “O Confea tem que rever essa decisão.” 

 

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