
EESEC entra nos trilhos do Trem Regional da Serra
Vice-prefeito de Caxias do Sul, Antonio Feldmann. Créditos: Arquivo CREA-RS
Em 1910 havia o transporte ferroviário de passageiros, ligando a Serra Gaúcha à cidade de Porto Alegre. Modal que se perdeu na década de 1980. Esse histórico foi resgatado pelo vice-prefeito de Caxias do Sul, Antonio Feldmann, que coordena o grupo de representantes da Serra que defendem o Projeto Trem Regional, apresentado aos representantes das entidades de classe, que estiveram reunidos no XV EESEC em Bento Gonçalves.
Um projeto ambicioso de VLT para a região de Caxias do Sul, que também consiste em um veículo leve sobre trilhos, numa extensão de 62 km, integrando as cidades de Caxias do Sul, Farroupilha, Garibaldi, Carlos Barbosa e Bento Gonçalves.
Explicou ainda a situação atual do projeto, que aguarda definição por parte do governo federal. “Mas está entre os 64 trechos de ferrovias aprovados pelo governo para a implementação, estando entre os três prioritários da Região Sul”, reforça Antonio.
O estudo de viabilidade técnica, financeira e de ambiente foi feito pela Universidade Federal de Santa Catarina que apontou que 70% do traçado original poderia ser utilizado na reativação do trem, o que pode ser modificado pelo projeto executivo. Caso seja mantido, porém, o ponto de partida previsto é a antiga estação, no bairro São Pelegrino, em Caxias, com a chegada no bairro Universitário, em Bento Gonçalves. Para operar em áreas urbanas, o trem precisa funcionar a, no máximo, 40 km/h. Nas outras áreas, o estudo aponta que a linha da Serra poderia viajar a até 80 km/h. O tempo total de viagem entre Caxias e Bento é previsto entre 1h e 1h20min, com tarifa de, no máximo, R$ 4,50.
Segundo Feldmann, a velocidade reduzida em área urbanas é característica do sistema VLT. O VLT do Rio de Janeiro, implantado recentemente, por exemplo, opera em média a 25 km/h, com a vantagem de ter poucas paradas e trânsito livre.
Ao final de sua explanação, o vice-prefeito conclamou os profissionais para apoiarem este pleito. “Está em pauta desde 1997 e com certeza poderá servir de alternativa para o transporte regional de passageiros, sendo um importante modal aliado ao rodoviário”, finaliza.
